sexta-feira, 31 de agosto de 2007

A HISTÓRIA DO DESASSOSSEGO ( Parte I )

Ao contrário de muitas outras histórias, esta começa pelo fim.

Para alguém como eu que, com o passar dos anos, tem arrepiado caminho em busca da racionalidade, é, inexplicável, que, paralelamente, o meu desassossego sportinguista vá aumentado de forma exponencial.
Cada vez é mais difícil assistir a um jogo sem me atormentar até às profundezas do meu ser.
Não tenho vergonha de dizer que é verdadeiro amor aquilo que sinto pelo meu clube. Só que ao contrário do amor que sinto pelas minhas mulheres, e são quatro, este é desgastante e, muitas das vezes, angustiante. É caso para dizer que nem eu sei porque tanto sofro.
Depois de alguma reflexão sobre esta temática, concluí que as vitórias são muito saborosas, mas o que realmente alimenta este “amor” desassossegado é o sofrimento decorrente da incerteza dos resultados. Ou seja, não é a vitória mas o caminho para ela. Não querendo ser mais sportinguista do que os outros, porque não o sou, mas nascer e viver no Porto sendo do SCP alimenta abundantemente o amor pelo clube. Não é um amor forjado no regionalismo, nem no facto dos vizinhos serem todos de determinado clube. É um amor sedimentado na adversidade. É verdadeiro e vai acompanhar-me, como poucas outras coisas, até ao último dos meus dias. Faz parte do meu ser é parte constitutiva da minha personalidade, enfim, faz parte integrante da minha vida. Não é uma segunda pele, é matiz da minha própria pele.
Nota: não sou fanático, mas apenas um homem que gosta do Sporting e de futebol.

1 comentário:

  1. fiquei sem saber donde vem o tormento, se das mulheres, 4 é obra, serás muçulmano, se do modo de jogar do nosso clube

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